terça-feira, 27 de janeiro de 2009

QuasarLontra e Oskalunga se unem para desafio na Patagônia



27/01/ - 07:15






Prova será sem apoio

Victor Teixeira colocará a equipe QuasarLontra Máster em atividade para um evento de destaque no calendário da corrida de aventura mundial, a Patagônia Expedition Race, que acontece de 10 a 19 de fevereiro, uma prova desafiadora de mais de 600 quilômetros que passará pelo extremo sul do planeta, sem apoio e que não dá premiação ao vencedor. O intuito é aflorar o espírito expedicionário dos atletas.

E quem acompanha o experiente atleta, que está no esporte há dez anos, será Vinícius Cruz, 31 anos, Tatiana Cirillo, 27 anos, e Frederico Gall, 36 anos, o Lico da Oskalunga. Ele lembra que já correu com todos os atletas separadamente, mas que o quarteto nunca fez uma prova junto. Porém, após a formação, não houve treino coletivo.

A idéia de levar Lico para a equipe surgiu em 2008 e o EMA Remake, que aconteceu em agosto de 2008, foi o “teste” do atleta brasiliense, que correu com a Lontra Máster. “Nos demos superbem na prova. E como essa prova na Patagônia exige experiência, preparação física e psicológica, que todos os atletas têm, montamos essa equipe”.

Apesar de Victor ser o único atleta com idade para correr em uma categoria “Máster”, eles optaram por levar a equipe sob o nome de QuasarLontra Máster. Havia ainda a opção de resgatar a Lontra Radical para essa prova. “A equipe nasceu da Lontra Radical, que eu criei em 1998, no primeiro EMA, e ficou com esse nome até 2002 quando nos unimos com a Quasar e a equipe passou a se chamar QuasarLontra. Nesses dez anos, passaram muitos atletas pelas duas equipes e criaram-se dois grupos de idade. Então, eu e o Rafael (Campos) resolvemos dividir em QuasarLontra e QuasarLontra Máster”, explicou o capitão Victor, de 50 anos.

Desafios no extremo sul do continente - Teixeira afirma que muitas dificuldades estão previstas. “A prova acontece na Terra do Fogo e só se chega lá pelo Chile de balsa, ela é o extremo sul da América do Sul. Por isso já dá para imaginar a dificuldade de logística da organização e dos atletas”, contou.

Como é uma prova sem apoio, as equipes terão de deixar prontas cinco caixas com alimentação e roupas para as trocas nos locais determinados pela organização. Há algumas exigências que as equipes têm que cumprir, como sempre levar consigo sleeping bag e um casaco polar a prova inteira, deixando-os auto suficientes.

“Lá será verão, mas a temperatura varia entre 0 e 12ºC e a sensação térmica é de abaixo de zero porque os ventos chegam a 60 km/h”, afirmou Victor. “Além das exigências, se tiver um trekking polar, digo ‘se tiver’ porque se acontecer uma nevasca esta etapa será cancelada, as equipes terão que levar também uma barraca, porque a perna pode durar até três dias”.

A estrutura da Lontra Máster inclui ainda comida liofilizada, calçados e roupas técnicas e especiais para tais condições. “Acho que estamos muito bem preparados”, disse.

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