quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Sem lágrimas e com pedidos de ‘fica’, Vanderlei dá adeus à carreira profissional


01/01/ - 07:38

Fundista medalha de bronze em Atenas-2004 afirma que pretende descansar e ser apenas um coadjuvante no esporte que o projetou

O tempo não foi dos melhores –52m12s-, tampouco o resultado final, na 102ª colocação. Mas, mesmo não estando na sua melhor forma depois de três meses parado por conta de uma pubalgia e somente quatro semanas de treinos, Vanderlei Cordeiro de Lima se sentia um verdadeiro campeão, após cruzar a linha de chegada da 84ª corrida de São Silvestre –a 11ª na sua carreira.

Com as pernas cansadas e doloridas, o fundista de 39 anos não deu muita bola para o cansaço e distribuiu sorrisos e abraços após a prova. Comemorou o fato de ter terminado a corrida, mas não deixou nenhuma lágrima correr pelo seu rosto marcado pela idade e pelo sol.

- Senti vontade de chorar em dois momentos da corrida, mas me segurei. Não era justo, em um dia tão especial, eu chorar. Controlei a emoção. Na parte final da corrida bateu um desespero, mas me controlei novamente e tratei de usufruir daquilo tudo – comentou o atleta, medalhista de bronze em Atenas-2004, depois da sua última corrida internacional na carreira.

Depois de ser homenageado pela organização da prova, o atleta finalmente se encontrou com Ricardo D’Angelo, seu treinador e amigo. Vendo a satisfação do seu fundista, o técnico não escondeu o sorriso largo e tratou de brincar.

- Poxa! Com esse tempo de 52m acho que a gente precisa rever essa aposentadoria. Eu falei para todo mundo que achava que faria em 55m – comentou o treinador.

- Não dá! Fiz esse tempo, mas as minhas pernas não estão agüentando mais – respondeu Vanderlei, brincando com o troféu que ganhou pelos feitos no atletismo.

Agora, a trajetória de Vanderlei é história, inspiração para as futuras gerações do atletismo brasileiro. Os 15km da última São Silvestre como profissional ficarão para sempre na memória do atleta e das pessoas que, durante todo o trajeto gritaram o seu nome e pediram para que ele revisse a nova condição de aposentado.

O medlahista de bronze nos Jogos de Atenas, se despediu da carreira profissional nesta quarta
- Como foi bonito ver tudo isso! Foi um verdadeiro sentimento de vitória. Escrevi uma carreira bonita no atletismo e isso vai ficar na lembrança de muitos brasileiros. Nunca vivi um momento como esse. Foi gostoso, pois parecia que eu estava liderando a prova, com as pessoas gritando e me motivando a continuar. Eu me diverti o tempo todo.

A partir deste 1º de janeiro, Vanderlei já avisou que será apenas um atleta amador. Não terá tantas preocupações com provas e pretende passar a maior parte do tempo em Cruzeiro do Oeste, sua cidade natal, onde tem um pequeno pedaço de terra e um lago para pescar. No entanto, ele não descarta correr a próxima São Silvestre entre os amadores.

- Tudo depende de planejamento. Se estiver bem no fim do próximo ano, posso correr. Não é um adeus. Apenas um até breve.

Santos recebe Mundialito de Ciclismo


01/01/ - 07:30

Bike - No dia 11 de janeiro, domingo, a cidade de Santos, litoral paulista, recebe o Mundialito de Ciclismo, válido como 4ª Copa Hilário Diegues. A competição deve receber as principais equipes do país, além de ciclistas estrangeiros convidados. O circuito será montada na Avenida Bartolomeu de Gusmão, na Praia do Embaré.

A prova é válida para o ranking de 2009 da Confederação Brasileiro de Ciclismo (CBC) para as categorias Elite Masculina e Feminina. Além destas, correm as categorias: Júnior, Sub-23, Open Speed, Open Máster, Sub-30, Universitários, Sênior A e B, Estreantes e Turismo.

As inscrições custam R$ 30 para cada ciclista, e podem ser feitas antecipadamente na Sub-Sede da Federação Paulista de Ciclismo, localizada na Avenida Senador Vergueiro, 4771, em Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, ABC paulista.

Também há a opção de se inscrever no local da disputa na tarde do dia 10, ou no dia da prova. A 1ª bateria larga as 7h30, com destaque para a Elite Masculina, que larga as 10h30. Outras informações pelo telefone (11) 4367-3777 .

Memorial fecha temporada de ouro para a equipe

01/01/ -07:25

Bike - Mais uma temporada finalizada com a equipe Memorial/Prefeitura de Santos/Giant/Nossa no topo do ranking. O time santista, comandado por Cláudio Diegues, fecha o ano dominando os quatro rankings nacionais. O destaque da equipe fica por conta de Armando Camargo, o Piá, que lidera no individual de estrada e de pista, assim como a equipe.

Com isso, o time tira da equipe Scott/Marcondes César/Fadenp, de São José dos Campos, a hegemonia, que reinava há quatro anos. . "Foi a temporada do desempate", festejou Diegues. "A Memorial dominou os rankings de 2000 a 2003 e o time de São José comandou de 2004 a 2007. Este foi de novo o nosso ano, e com 100% de aproveitamento no masculino", comemorou.

No ranking de pista, Piá fecha a temporada com 221 pontos. O 2º lugar é de Davi Romey, de Suzano/Fly Horses/Caloi, com 155 pontos. A Memorial aparece ainda com o 4º lugar de Robson Dias, o Grandão, e o 6º lugar de Emerson Silva. Entre as mulheres, Mychelle Mont Serrat é a melhor colocada da equipe, com o 3º lugar.

E com esse excelente desempenho, as expectativas para 2009 não poderiam ser melhores. "A base será mantida e teremos uma equipe feminina reforçada", contou o técnico. O time perderá Piá e Grandão (que trocarão de cidade), mas, segundo o treinador, não irá sentir os desfalques. "Não estou tirando os méritos individuais, mas o Piá teve um grande ano porque contou com o respaldo de uma equipe forte, que permitiu o seu sucesso".

Mas apesar de manter a base de 2008, a equipe terá novidades. "Contaremos com Jerry Adriane, que é de São Vicente, mas estava atuando por São Bernardo. Trata-se de um grande sprintista. Teremos, ainda, Diego Martins, nascido em Florianópolis, mas que estava competindo por Suzano. É um velocista de corridas em pista. São atletas com características que faltavam no time", revelou o técnico.

Pilotos brasileiros passeiam pela vistoria do Dakar







01/01/ - 07:20

Dimas Mattos apareceu machucado no local de verificação


Direto de Buenos Aires - As vistorias técnicas no Dakar são rigorosamente agendadas e cumpridas. Cada equipe tem seu momento de passar por elas, mas não é por isso que os brasileiros deixaram de comparecer ao local de verificação, para confraternizar, rever os amigos estrangeiros e ajudar os compatriotas de primeira viagem.

Foi o caso de Dimas Mattos e André Azevedo, ambos com vistoria prevista para amanhã, estiveram a manha toda em La Rural, em Buenos Aires, onde acontece a recepção das equipes. André, piloto de caminhão, conseguiu até adiantar sua agenda de verificação e ainda hoje poderá estar autorizado a largada na prova, no dia 3.

Já na chegada a Buenos Aires os brasileiros do caminhão tiveram problemas no caminho. “Ontem o caminhão chegou e fomos retirá-lo a 120 quilômetros de Buenos Aires. Fomos parados por um policial que nos alertou sobre estarmos andando em local proibido para caminhão na cidade. A organização da prova falhou no sentido de não nos dar um mapa por onde poderíamos chegar no parque de assistência” contou André Azevedo.

Em seu vigésimo Dakar, o piloto ainda sente a ansiedade de largar no maior rali do mundo. “O Dakar sempre tem a marca de fazer um percurso novo todos os anos. E ainda aqui será novo para todos. Tem os Andes e o Atacama, que estão sendo muito aguardados com muita ansiedade”, disse.

Para não perder o costume - Em sua primeira participação no Dakar, em 2007, o piloto de moto Dimas Mattos saiu antes do fim por causa de um acidente que o machucou. Agora, na entrada do Dakar 2009, Dimas apareceu com um curativo na testa. “Estava com tanta pressa arrumando as coisas no motorhome que bati a cabeça na porta dor armário”, contou. Ele e Carlos Ambrósio também adiantaram as vistorias administrativas hoje e terão o trabalho facilitado amanhã.

Irmão de Colin McRae estréia protótipo no Dakar


01/01/ - 07:15

Direto de Buenos Aires - Entre os carros que fizeram as verificações hoje, um dos que mais chamou a atenção foi um protótipo com a marca McRae. Alister McRae, irmão do lendário piloto Colin McRae – que morreu em 2007 em um acidente de helicóptero –, fez sociedade com uma equipe holandesa e montou o carro, com base no Range Rover Sport, da Land Rover.

“Usamos o chassi tubular, câmbio e motor diesel da Range Rover. É um carro feito para essa nova classe criada, chassis da categoria T1, motor e câmbio da T2”, explicou Alister. A equipe McRae veio com quatro destes para o Dakar 2009. O motor diesel tem potência de 220 cavalos.

O design também impressiona, de acordo com o chefe de equipe, também é de produção própria do time. “Começamos com uma folha em branco, mas sabíamos o que queríamos desde o começo”, disse McRae.

Alister vendeu três carros para clientes e oferece apoio durante a competição. Ele próprio irá dirigir um modelo, atrás dos clientes, assegurando que tudo saia bem. “É um carro novo, em um time novo. Essa situação para o Dakar é bem difícil, e para mim pessoalmente, já que tenho que dar suporte aos outros pilotos. Vou atrás deles em um ritmo mais lento, e se eles tiverem um problema vamos tentar resolver, com a intenção de levar o time todo para o final do rali”, explicou.

Para ele, a perda do irmão não pode apagar o gosto pelas corridas. “O acidente foi terrível e muito difícil, mas adoramos o esporte a motor, e vamos continuar fazendo, sempre”, concluiu.