quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Natalia Santana e Camila Coelho: promessas do ciclismo nacional

Natalia Santana e Camila Coelho: promessas do ciclismo nacional
Não é novidade que a equipe de ciclismo de São Caetano do Sul (Cesc/Sundown/Nossa Caixa/Calipso/Maxxis) está passando por uma excelente temporada. Ao todo foram 15 vitórias, sendo que Natália Santana subiu ao lugar mais alto do pódio oito vezes e sua companheira, Camila Coelho, foi campeã em sete importantes disputas.
Minha temporada está sendo muito boa. Estou muito focada nas competições e treinando bastante, contou Natália, que aos 22 anos ocupa a vice-liderança do ranking da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), com 470 pontos.
Camila, recém-chegada a equipe, está em 7º lugar no ranking nacional.Esse ano está sendo muito especial para mim. Antes da minha transferência para a equipe de São Caetano, eu não tinha um treino específico. Agora mudou muita coisa. Tenho uma estrutura muito boa em São Caetano, comentou a atleta, de 20 anos.
As ciclistas também agradecem a dedicação do técnico da equipe, Eduardo Walter Trillini. O Trillini é o principal responsável por esse meu desempenho. Ele tem ajudado muito no meu desenvolvimento, afirmou Camila. Ele é exigente, cobra muito da gente. Por isso, estamos conseguindo esses resultados, declarou Natália.
Trillini retribui os elogios. Elas são muito dedicadas e, por isso, estão conseguindo esses resultados. É muito bom trabalhar com pessoas assim, declarou o técnico. Elas são atletas de seleção brasileira, acrescentou.
E as atletas não estão tão longe de nível de seleção brasileira. Este ano, Natália foi convocada para duas competições em El Salvador: o GP de Sant'Anna e a Volta Ciclística de El Salvador. Estou trabalhando para ter novas oportunidades. Defender a seleção brasileira é o sonho de todo atleta, disse Natália.
Camila compartilha do sonho da companheira de equipe. Um dos maiores objetivos que tenho na carreira é ser convocada para a seleção brasileira. Estou trabalhando e esperando a minha oportunidade, afirmou Camila, campeã da 65ª edição da Prova Ciclística 9 de Julho, uma das mais importantes competições do País.
E pra quem pensa que as duas são rivais, está muito enganado. Apesar de disputarem quase sempre os mesmos títulos, Natalia e Camila garantem que não rola uma disputa de egos entre as duas. Não existe rivalidade entre a gente. Eu e a Camila somos muito amigas, garantiu Natália. Quando uma ganha, todas ganham, completou Camila

Rebecca Rusch chega ao Brasil animada para disputa do Iron Biker


Rebecca se diz animada em conhecer o país

Esta será a primeira vez da atleta no Iron Biker



Pela primeira vez no Brasil, a atleta Rebecca Rusch chega ao país para participar do Iron Biker, uma das mais tradicionais provas de mountain bike, que acontece nos dias 18 e 19 de outubro, em Ouro Preto e Mariana, ambas cidades mineiras já acostumadas em receber os cerca de mil atletas que participarão da competição.

Experiente, Rebecca está animada para a disputa, que para ela, tem muito mais um clima de amizade e intercâmbio pessoal e profissional do que uma disputa com adversários declarados. “O mais importante, para os iniciantes e para os experientes, é lembrar de rir e ter bons momentos. Depois disso é só uma disputa de mountain bike. Estaremos todos lá para aproveitar e para ter a maravilhosa experiência de guiar nossas bikes no Brasil”, disse animada em entrevista ao Webventure.

A idéia de vir competir no Brasil partiu de um encontro com Daniel Aliperti, representante da Specialized, equipe de Rebecca, no país. Eles se conheceram na Cape Epic, tradicional prova da África do Sul. “Nossos companheiros de equipe ficaram fora da prova por lesões e então acabamos correndo juntos e terminamos a prova com um novo time. Daí ele me disse sobre o Iron Biker e sobre a região de Minas Gerais, e como eu nunca fui ao Brasil, surgiu o interesse e estou ansiosa para explorar uma nova região e conhecer outros atletas”, falou a atleta.

Porém não faz muitos anos que Rebecca Rusch está no mountain bike. A atleta começou no esporte fazendo parte de equipes de corrida de aventura. Os treinos de bike foram intensificados buscando um melhor desempenho nas corridas, porém sua equipe foi se desfazendo porque os outros atletas casaram ou tiveram filhos e o patrocinador deixou de apóia-los. Foi aí que a Red Bull e a Specialized se interessaram por ela no mountain bike e ela fez sua primeira disputa, uma prova de 24 horas, há três anos.

“Eu amei e a troca foi muito bem-vinda. E claro que minha experiência na aventura ajudou no meu desempenho na bike. Continuo fazendo pequenas corridas, e essa troca me deixa motivada, ainda mais com a chance de fazer provas como o Iron Biker”, declarou Rusch. “A maior lição da corrida de aventura foi ver como nossa mente é forte”, completou ela dizendo sobre outros aprendizados da aventura, como os cuidados com a alimentação e com os limites do corpo.

Expectativa - Rebecca Rusch chega ao Brasil sem conhecer suas adversárias. “É como um “encontro às escuras”, brinca ela. “Eu somente sei que no país há grandes atletas, então eu espero uma disputa bem acirrada”, disse.

Sobre suas expectativas com relação às dificuldades da prova, Rebecca está tranqüila e animada com a chance. “Acredito que o grande desafio é a longa viagem para um país desconhecido, com diferentes comidas, língua diferente e todos os fatores que podem gerar um stress na prova. Eu moro em uma cidade em uma montanha muito alta e aqui começou a nevar, então espero que esteja bem mais quente no Brasil do que no lugar que eu estou”, afirmou a biker.