sexta-feira, 17 de abril de 2009

A doença do esporte


Dr. Alessandro Loiola

(BR Press) - Se cada povo recebe o governo que merece, cada sociedade (e época) também tem as esquizitices que merece. Por exemplo: nas cortes européias da Idade Média, apenas camponeses, brutos, miseráveis e escravos trabalhavam ao ar livre. A aristocracia preferia a mordomia reclusa de seus palácios e roupas de muitas rendas. Por isso, naqueles tempos, os nobres possuíam a pele tão branca que era possível ver o desenho azulado das veias sob a cútis. Ter a pele alva e o "sangue azul" era sinal de riqueza. Hoje, brancura excessiva chega a significar doença, e mostrar um certo bronzeado dá status: se você tem tempo para passar à toa sob o sol, então leva uma vida mansa e, provavelmente, tem mais dinheiro que a maioria...
No século XVI, na Itália, era moda as mulheres pintarem não apenas os lábios, mas também os dentes. No século XIX, a última moda eram cílios postiços feitos de pele de rato e espartilhos tão apertados que chegavam a fraturar costelas. Na mesma época, na França, os homens casados usavam mais perucas e cosméticos que suas esposas. Passa o tempo, algumas bizarrices se vão, mas outras logo assumem o posto. Como disse: se cada época caracteriza-se por certos critérios de estranhez, por que haveríamos de fazer diferente com a nossa?
O século XX testemunhou o avanço tecnológico virar prosperidade na mesa. Apesar da fome continuar assolando os países que sempre passaram fome, de um modo geral, onde havia comida, esta passou a estar disponível em um volume maior do que jamais seríamos capazes de ingerir. O resultado? Uma epidemia de obesidade e mortes por doenças cardiovasculares que assolou os 1900.
A resposta dos cientistas não tardaria, e eles logo encontraram uma saída: a prática de esportes. Exercícios físicos regulares melhoram o condicionamento cardiopulmonar e facilitam o controle dos quilos em excesso. Como não seria de surpreender, este conceito foi extrapolado exageradamente para as massas e presenciamos uma explosão de vida nas academias de ginástica e pistas de cooper como não se via desde o período Cambriano. Todo mundo quer entrar em forma. Se não por vaidade, então por medo.
Mas até que ponto esporte é saúde?
Temos tenistas jovens com quadris de senhoras osteoporóticas, jogadores de futebol com infartos fulminantes no início da carreira, triatletas que morrem afogados após colapsos, e um número infinito de lesões musculares, articulares e ligamentares em esportistas amadores e atletas de final de semana. Toda uma manada de gente catequizada sob o lema de que esporte é saúde.
Ver televisão não desloca meu ombro. Caminhar pelo parque com minhas crianças não provoca desgaste coxo-femoral. Não tenho bursite por ler um livro ou desloco a coluna ao dormir até um pouco depois do horário.
A atividade física regular, moderada, entendida como uma caminhada de 40 minutos, 4 vezes na semana, é todo esporte que seu corpo precisa como remédio. Não gosta de caminhar? Então saia para dançar, pedalar ou nadar. E adicione um pouco de musculação e alongamento a partir dos 50 anos de idade: isso ajuda a manter os ossos e articulações fortes e saudáveis. Para além destes limites, converse com seu médico ou preparador físico e vá pela diversão, por entretenimento, de modo não-competitivo.
Um equívoco está em se propagar o esporte como uma ferramenta para saúde. Sua saúde depende de muito mais compromisso que jogar bola duas vezes por semana ou ir na academia de 8 às 9. Aprender a lidar com o estresse, ter um bom padrão de sono e seguir uma alimentação saudável são tão ou mais importantes que uma corrida ensandecida de 10 Km sobre a esteira.
Beleza real
Procurar a atividade física como um modo de manter o corpo dentro da beleza-padrão estampada nas revistas é outro erro comum e, porque não dizer, cômico. As modelos de capa parecem saídas de campos de concentração nazistas de tão caquéticas e não devem pesar mais que a própria revista. A beleza é sentir-se bem aos 30, 40, 50, 60 anos ou mais – e não buscar de modo esquizofrênico a aparência de uma anoréxica de 20 anos de idade quando você já passou da metade da ladeira.
Lembre-se que as grandes descobertas vieram de pessoas com tempo ocioso (vide Aristóteles, Newton e tantos outros citados no livro "As 100 maiores descobertas científicas de todos os tempos", do oceanógrafo Kendall Haven). Use seu tempo e energia de modo inteligente e produtivo. Ter um glúteo mais firme não fará seu futuro mais brilhante.
E se quer uma última boa dica, que tal investir suas energias procurando por uma preciosidade: o extraordinário livro do médico mineiro José Róiz, Esporte Mata! (178 páginas, Editora Casa Amarela, 1ª Edição, 2004). Não, não estou ganhando comissão pela venda do livro. Mas sua leitura já vale por uma longa caminhada.

(*) Dr. Alessandro Loiola é médico, escritor e palestrante. Autor de, entre outros livros, Para Além da Juventude - Guia para uma Maturidade Saudável (Editora Leitura). Fale com ele pelo e-mail aloiola@brpress.net ou pelo Blog do Leitor

Work Shop com Ronaldo Huhm 3a Edição - Teresópolis-RJ

O mestre Ronaldo Huhm apresentará mais um dos seus Work Shop na cidade de Teresópolis-RJ, no dia 25 de abrirl de 2009.

Workshop será voltado para ciclistas de qualquer nível: do competidor ao usuário comum.

Esse curso serve para qualquer amante da bicicleta que tem interesse em aprender sobre Mecânica de Emergência, a utilizar melhor o equipamento e correta manutenção, além do ajuste da bicicleta.

OBS.: Workshop Prático com utilização de bicicleta e ferramental.

Programação:

Palestrante: Ronaldo Huhm - Técnico Especialista da BIC-Shimano
Duração: 04 horas de apresentação;
Data: 25 de abril;
Horário: das 09:00HS às 14:00HS;
Material didático: Participantes recebem apostila impressa;
Certificado: Participantes recebem certificado de participação após o curso;
Custo: R$ 30,00 (Antecipadamente) R$ 35,00 (no Local);
Local: Teresópolis-RJ .

INSCRIÇÕES PELO LINK:
http://viva.wufoo.com/forms/workshop-mecanica-de-bicicletas-para-ciclistas

Contatos: João Magalhães (21-3283-1116 / 9155-6349) joao@vivaproducoes.com.br

Niner Bikes lança seu garfo de carbono

Uma obra de arte concebida para o aro 29

Perfeição e inovação são as palavras de ordem da Niner Bikes, a fábrica americana é uma das principais responsáveis pelo impulso que as bicicletas com rodas de 29 polegadas atingiram no mercado americano e mundial nos últimos quatro anos.

Agora Chris Sugai e equipe simplesmente se superaram, desenvolvendo um fantástico produto voltado às bicicletas de rodas grandes. Um dos lançamentos mais anunciados e aguardados de 2009. Trata-se do Niner Carbon Fork, um garfo de carbono de apenas 550 gramas, com um design estonteante.

O peso é esse mesmo que vocês leram. Isso já deixou muitas empresas do segmento 26 com a pulga atrás da orelha, que estão tentando “copiar” a tal tecnologia e design aplicado no mesmo.

Vários testes foram feitos durantes meses com diversos tipos de usuários e bikes, inclusive em bikes de dupla suspensão. Enfim, um verdadeiro teste e digno da empresa.

Em maio o novo produto, completamente construído em carbono, estará nas prateleiras das bike shops americanas e será oferecido em 10 diferentes cores!

Exclusivo para freios à disco, apresentam suportes do tipo post-mount e são compatíveis apenas com rotores de 160mm. Se você está gordinho e deseja usufruir dessa obra de arte, já pode começar seu regime, o limite de peso anunciado pela Niner é de 240 libras (algo em torno dos 110 Kg).

Agora é esperar!

Organização dos Sertões próxima de encerra o levantamento do percurso

Mitsubishi L200 Outback da equipe de levantamento

A organização está perto de encerrar o levantamento do 17º Rally Internacional dos Sertões. Depois de ser a maior prova off-road do mundo no ano passado, a competição deve superar os cinco mil quilômetros nesta edição. Chefiada pelo especialista Eduardo Sachs, a equipe que realiza o levantamento com o auxilio de avião e de GPS.

"Até o momento, já definimos 3.850 quilômetros do trajeto da corrida, ou o equivalente a sete dos dez dias de competição”, revela Sachs. "Para chegar a esse traçado, tivemos que percorrer praticamente o dobro, cerca de 6.300 quilômetros. Isso é normal, porque grande parte da quilometragem excedente corresponde a trechos que não foram aprovados por nós. O restante é deslocamento de ida e volta a Barueri (SP), onde fica a nossa base”, completa Sachs, que é diretor técnico do Rally dos Sertões desde 2001.

Antes mesmo de a corrida começar no dia 24 de junho, em Goiânia (GO), o levantamento pode apontar uma novidade importante para os competidores. "Em 2008, a corrida teve 4.971 quilômetros, mas agora podemos superar os cinco mil quilômetros de prova, algo que não ocorria desde 1999, há exatos dez anos”, observa Eduardo Sachs. "É um número que sinaliza a grandiosidade deste rally, mas que também sugere o nível de dificuldades que esperam os participantes na versão 2009”, continua o diretor técnico do Sertões.

Para fazer o levantamento, a organização tem de lançar mão de todos os recursos disponíveis. "Primeiro, realizamos a fase aérea, na qual eu e nosso diretor-presidente Marcos Moraes sobrevoamos toda a região. Durante o vôo, o Marcos, que é um especialista em rallies, vai apontando um possível roteiro que depois será visitado pela equipe de terra. Simultaneamente às indicações dele, vou registrando tudo em um aparelho de GPS, cujos dados depois serão utilizados pela equipe terrestre. Somente em 2009, já somamos 74 horas de vôo neste trabalho”, detalha o diretor técnico do Sertões. "Com estas informações em mãos, eu chefio a equipe que trafega pela região que foi sobrevoada. Usamos uma picape Mitsubishi L200 Outdoor equipada com dois aparelhos de GPS, dois odômetros e todo o ferramental para uma longa aventura off-road. Depois que tudo for percorrido e medido com estes instrumentos, teremos o esboço da prova, que será validado no levantamento de conferência”.

Como toda boa aventura, o levantamento do Rally dos Sertões também rende muitas histórias. "Nosso objetivo é justamente mapear regiões ermas, então estamos sujeitos a todo tipo de situação que esse isolamento ocasiona”, Eduardo, que faz o levantamento da prova há nove anos. "Por exemplo, agora mesmo, em 2009, pedimos abrigo à tribo dos Calungas, pois não havia outro lugar para passar a noite. Em 2005, fomos hóspedes dos índios Cracajás. O meu trabalho é uma das melhores maneiras de se conhecer realmente como é o Brasil”.

De acordo com o diretor técnico da prova, a conferência final do roteiro, quando todo o trajeto será percorrido novamente para a sua validação, será realizada na segunda quinzena de maio.

Mitsubishi vende equipe off-road para piloto francês

Dono da equipe correrá com carro de Peterhansel

A montadora Mitsubishi anunciou a venda de sua equipe de competições off-road, Mitsubishi Motors Sport, após informarem que não participariam do Rally Dakar 2010 nem do campeonato mundial de cross-country por falta de verba.

O comprador foi o francês Nicolas Misslin, milionário piloto de Marselhesa. Com três participações no Dakar, Misslin alcançou a décima posição na classificação geral na sua estréia, em 2002. Esta foi a melhor posição de um piloto particular na disputa.

Com a venda, o francês confirma a sua participação no Rally da Tunísia, que acontece entre 22 de abril e 2 de maio, comandando a Pajero que era de Stepháne Peterhansel, e também no Rali Vodafone Transibérico, a Baja Espanha Aragon e o Rali Rota da Seda (Dakar Series), além do Dakar 2010.

O piloto português Carlos Sousa se vê diante de um impasse frente a nova chefia. Ele já havia fechado com a Mitsubishi seu contrato para correr como piloto particular da marca e deverá rever as condições contratuais para 2009 com Nicolas, a partir de agora.