terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Minha Aventura: A primeira travessia oceânica de OC1 do Brasil


27/01/ - 18:40







Saída de Santos foi com corrente contrária

O projeto da travessia começou a ser montado dois meses antes da execução. Levantamento sobre correntes, ventos, riscos e etc foram o primeiro passo. Saber o que levar ou não, devido ao pouco espaço da embarcação e a necessidade de coisas importantes e indispensáveis foi o segundo desafio.

Inicialmente a travessia seria Paraty (RJ) até Santos (SP), pois desta forma iríamos a favor das correntes, mas o fato de ser uma travessia para lançar o treino da canoa havaiana OC1 e OC2 na raia da USP feito pela AKSA Assessoria Esportiva, nos fez mudar os planos e decidir em subir de Santos para Paraty, contra a corrente, só para chegarmos junto com a última etapa de uma das mais bem organizadas e importantes provas de corrida de aventura do país, o Adventure Camp, que aconteceu no fim de semana dos dias 6 e 7 de dezembro de 2008

Primeiro dia – 30 de novembro
Partimos dia 30 de novembro de 2008 da Ponta da Praia (em frente ao Aquário de Santos) às 9h30 da manhã. Um pouco tarde, mas as entrevistas e filmagens além das despedidas de amigos nos fizeram atrasar.
O Felipe teve um trabalho bem maior que o meu, pois nunca havia remado canoa havaiana. Felipe Fuentes foi levado à expedição por se tratar de um atleta de aventura forte, treinado, mas principalmente por ser um dos professores da assessoria e que precisava sentir na pele os incômodos desta modalidade e, assim, conhecer e saber melhor como treinar ou fortalecer um futuro atleta que viesse a treinar com a AKSA.

A pretensão era de 90 km no primeiro dia, ou de Santos até Camburi. Com a metade do dia remando e conhecendo na prática a força do vento e corrente contrários, algo até certo ponto subestimado por nós, vimos que não alcançaríamos Camburi, e foi o que aconteceu. Mais certo ainda ficou para nós que não cumpriríamos o desejado quando na praia de Pitangueiras (Guarujá), ficamos remando no mesmo ponto, sem avançar, aguardando a corrente de maré terminar de encher. Se parássemos com o trabalho, voltaríamos rapidamente para traz jogando fora muito do trabalho já feito, e por esse motivo nos concentramos e lutamos muito contra ela. Após o dia todo de remada só cumprimos 40 km e pousamos em Bertioga. A preocupação começou aí, pois já não sabíamos se nosso corpo agüentaria diariamente tamanha luta para subirmos contra as forças da natureza.

Neste dia, em uma parada necessária na praia de São Pedro (Guarujá), Felipe levou um caldo de uma onda e quebrou a ama da canoa, algo percebido apenas quando chegamos em Bertioga. Conseguimos concertá-la com silver tape, pois, por sorte, o estrago foi na parte da ama que fica totalmente fora d’água.

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