sábado, 3 de janeiro de 2009

Brasil tem recorde de representantes na prova.


03/01/ - 08:02

Serão 49 nacionalidades diferentes correndo o Rally Dakar em 2009 e o Brasil tem recorde de representantes na prova. Dezesseis competidores representarão as cores verde e amarela em todas as categorias em disputa: carros, moto, caminhão e quadriciclo, que pela primeira vez na história terá um piloto tupiniquim, o paulista Carlo Collet, pentacampeão do Rally dos Sertões.

A Família Azevedo também irá com força para o rali. Jean, nos carros, irá para seu décimo Dakar ao lado do experiente navegador Youssef Haddad, que fará sua estréia. Porém essa será a primeira vez que o piloto correrá em um carro. Nas outras nove vezes ele pilotou uma moto. “No meu primeiro Dakar, em 1996, fui com o objetivo de aprender tudo para depois voltar e tentar ganhar. Em 97 ganhei a categoria Production. E nos carros não será diferente: voltaremos com mais conhecimento e para disputar posições mais à frente”, contou o piloto.

E seu irmão mais velho, André Azevedo, partirá pela 21ª vez do Dakar. Na categoria Caminhão, ele contará com o navegador Maykel Justo, que faz sua segunda prova do maior rali do mundo, e com o tcheco Jaromir “Mira” Martinec.

Também com experiência no Dakar, Reinaldo Varela competirá pela terceira vez na prova com seu navegador Marcos Macedo, estreante na competição. “A adrenalina está a mil, está chegando a hora. A correria é grande para deixar tudo pronto. Minha aspiração nesta competição é poder largar e chegar, meu sonho é completar o Dakar”, contou Macedo. Varela, experiente, o acalma: “a hora que sentar no banco do carro e ver que não tem nada de tão diferente, apesar das dunas que vamos passar e são difíceis, tranqüiliza. Estamos preparados, a ansiedade do Marcão é normal, é a primeira vez dele na prova”.

Estreantes e a ajuda de experientes - Ainda nos carros, outras estréias acontecerão como é o caso das duplas Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo. Mas apesar da estréia, eles contarão com um suporte de peso, o carro. A Pajero da equipe Mitsubishi Brasil é tricampeã do Dakar, quando comandada pelo experiente Stéphane Peterhansel.

“O carro é excelente, fácil de pilotar, sabemos que o carro novo, que outros pilotos da Mitsubishi vão utilizar, tem uma tecnologia mais moderna, mas o fato de poder experimentar um conceito de rali como a nossa Pajero, sem sombra de dúvida, é excelente”, explicou Spinelli.

“Eu, sinceramente, não acostumei a andar no carro, toda vez que eu entro nele sinto um frio na barriga enorme, dá uma emoção forte que eu abro um sorriso de orelha a orelha”, revelou Vívolo.

Além da dupla, Paulo Pichini faz seu primeiro Dakar e também contará com uma ajuda de “experiência”: a de seu navegador, Lourival Roldan, que faz sua quinta participação.

“Quando tomei a decisão de correr o Dakar queria ir com meu carro, minha equipe e meu navegador do Brasil, mas depois decidi que o único inexperiente do grupo deveria ser eu mesmo. Existe um índice de apenas cinco por cento dos estreantes conseguirem concluir a prova. Então temos o grande desafio de completar esse Dakar”, contou Pichini.

“Espero passar minha experiência para ele, para ele ter tranqüilidade. Como aconteceu comigo quando eu estreei em 2003 junto com o Klever Kolberg. O Dakar assusta pela proporção, são cinco mil quilômetros de especiais em 14 dias. No Rally dos Sertões nós fazemos um terço dessa quilometragem em especial”, comparou Roldan. “Com certeza quando ele voltar para o Brasil, para competir no Sertões, ele vai se divertir muito mais do que antes”, brincou o navegador.

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