Após chegada da VOR, barcos têm até o dia 15 para reparos e descanso

Com problemas, Telefonica Black foi o último a chegar



05/11/08 - o8:h45

A primeira perna da Volvo Ocean Race, de Alicanti, na Espanha, até a Cidade do Cabo, na África do Sul, durou 24 dias. Todos os barcos já se encontram na cidade sul-africana e o último colocado foi o Telefônica Black, que chegou a poucos instantes.

Após a largada, no dia 15 de novembro, às 9h (horário de Brasília), a flotilha segue para a segunda perna da volta ao mundo, rumo a Cochin, na Índia. Ao total, serão 4.450 milhas náuticas.

Os tripulantes têm cerca de dez dias para colocar seus barcos em ordem. “Ficamos 10% mais lentos devido a alguns danos sob o nosso barco”, revelou IanWalker, capitão do Green Dragon. Além do trabalho, é o momento de estar em terra firme e reencontrar as pessoas. “Finalmente, todas as tripulações se preparam para ver suas famílias, amigos e parentes, fazer uma boa refeição, tomar uma ducha quente e uma cerveja gelada. Mas não podemos ficar muito relaxado, porque dentro de alguns dias iremos dizer ‘Índia, aqui vamos nós’”, contou Ken Read, do Puma.

A boa notícia fica para a tripulação do Ericsson 4, do comandante brasileiro Torben Grael. Tony Mutter se recuperou de uma infecção no joelho, foi operado e retorna para a segunda perna da competição. "Eu vou ficar bem. Estou 98%, mas espero estar 100% no início”, declarou o confiante neozelandês.

Pontuação - Após a passagem por Fernando de Noronha (PE), cinco barcos estavam empatados na primeira colocação com seis pontos. Na liderança agora está o Ericsson 4 (14 pontos), seguido por Puma (13), Green Dragon (11), Telefonica Blue (10), Telefonica Black (7), Ericsson 3 (5), Delta Lloyd e Team Russia, empatados (4).

Mesmo chegando na terceira colocação na Cidade do Cabo, o Ericsson 3 segue com a perda de pontos. Com a perna completa, a embarcação deveria somar seis pontos, somará apenas 4. A punição faz a tripulação perder dois pontos a cada perna.

A punição é por conta do barco não estar dentro da padronização da competição. A direção da equipe afirma que uma nova quilha está sendo construída para a segunda etapa, o barco partirá da África dentro das especificações.