sábado, 17 de janeiro de 2009

Paulo Pichini comemora sofrimentos e alegrias do 1º Dakar de sua vida

17/01/ - 10:37

Estreante completa Dakar 2009

Este sábado é de despedida para todos os competidores do Rally Dakar. Após 14 especiais e 15 dias de evento, que começou em 2 de janeiro com a largada promocional, Paulo Pichini é um dos que terá história para contar por toda a vida após a sua estréia no maior rali do mundo, ao lado do navegador Lourival Roldan.

“Estou extremamente ansioso e feliz, mas estou programando a minha cabeça para conseguir dormir e depois largar amanhã (sábado) entendendo que a prova não acabou. Lá no fundo eu já estou comemorando”, revelou o piloto.

Pichini afirma que o Dakar é uma provação de determinação e resistência, já que o maior rali do mundo impõe sacrifícios e desafios que não podem ser mensurados antes dele começar. “Segundo me consta foi o Dakar mais difícil da história. Pelo menos o Lourival, que já correu muitos outros na África, disse que nunca teve nada igual”, contou.

Paulo pondera que a organização complicou demais a prova visando não facilitar a competição com a saída da África. “Eles quiseram fazer uma prova muito dura e no final eles tiveram que cortar uma série de pedaços para tentar ajustar, porque se continuasse no mesmo ritmo, iam chegar 30 carros. Mas uma coisa eu garanto, se chegassem 30, a gente ia chegar”, falou alegre.

Lembranças - Paulo Pichini afirma que a primeira lembrança que terá do seu primeiro Dakar é a dureza da prova e as dificuldades ultrapassadas por ele e Roldan. Ele ressalta a solidariedade do povo argentino como uma das principais lembranças também. “A atenção e o carinho deles me marcou demais. A minha imagem da Argentina mudou demais. Eles sempre querem ajudar muito”, disse.

A emoção também vem à cabeça de Pichini ao relembrar o Dakar 2009. “Esse tipo de provação, essas durezas que passamos, te fazem refletir sobre uma série de coisas como a importância de tomar um banho, comer um pedaço de pão – tiveram dias que ficamos presos no meio das dunas e ficamos sem comida”, disse o piloto.

A experiência ao lado de Lourival Roldan é ressaltada pelo estreante. “Técnicamente eu aprendi muito com o Lourival do lado. Essa sinergia piloto-navegador, duas pessoas que não se conhecem conviver 15 dias, acho que tem um monte de coisa para a gente levar como lição para casa”, falou o piloto despedindo-se do maior rali do mundo e contando ainda que quem toma a decisão de ir para o Dakar, toma a decisão de ir para um lugar sofrer, para passar mal, para não ter conforto, para ter um desgaste físico e emocional muito grande. “Eu vim porque quis, e saio muito feliz!”.

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