segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Francisco Chamorro e Janildes Fernandes vencem a IX Copa América de Ciclismo


05/01/ - 07:20

O argentino da equipe Scott/Marcondes César garantiu seu primeiro título, enquanto Janildes Fernandes foi bicampeã e manteve a hegemonia da família na disputa

São Paulo, 04/01/09 – Novo campeão no masculino e a manutenção da hegemonia no feminino. Assim foi a nona edição da Copa América de Ciclismo, uma das mais importantes competições do calendário continental e que abriu a temporada 2009 da modalidade neste domingo, no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo. O argentino Francisco Chamorro, da equipe Scott/Marcondes César, de São José dos Campos (SP), venceu no sprint, completando as 16 voltas (62,464 km) no circuito com o tempo de 1h39min20seg976, menos de meia roda à frente de seu companheiro de equipe e tetracampeão Nilceu Aparecido dos Santos, 1h39min21seg001. O cubano Michel Garcia, da equipe CESC/São Caetano/Sundown/ Nossa Caixa, terminou em terceiro lugar, 1h39min21seg162.

Já no feminino, a família Fernandes não deu chance às adversárias e garantiu o sétimo título seguido da competição (as mulheres começaram em 2003). Janildes, que havia vencido da primeira edição, voltou ao topo do pódio e garantiu o bicampeonato com bastante facilidade. Ela, que defende o Clube Fernandes, de Goiânia (GO), completou as sete voltas (27,3 km) com o tempo de 52min23seg050, 48 segundos à frente da segunda colocada, Natália Lima, da Scott/Marcondes César, de São José dos Campos (SP), 52min11seg621. Luciene da Silva, também da equipe de São José dos Campos, terminou em terceiro lugar, 52min11seg873.

Em seu retorno a São Paulo, após uma experiência no Rio de Janeiro no ano passado, a Copa América de Ciclismo fez sua nona edição em dia tipicamente paulistano, com uma garoa fina e temperatura baixa, por volta dos 19 graus, situação bastante inusitada para esta época do ano. Mas o frio foi compensado por uma bela prova e que esquentou o bom público e foi definida no sprint. A marcação aos principais destaques foi a tônica da prova, especialmente sobre o paranaense Nilceu Aparecido Santos, que vinha de quatro títulos seguidos na prova.

Com isso, alguns ciclistas desconhecidos puderam aparecer ao longo das 16 voltas, como foi o caso de José Eriberto Rodrigues Filho, da União/Assis (SP). Ele ficou na frente até a última volta (foram sete no total) e isso acabou resultando na maior premiação do evento: com o objetivo de motivar a disputa, a organização estipulou um premio extra de mil reais para os ciclistas que cruzassem a linha de chegada na frente entre a 11ª e a 15ª voltas, o que foi o caso de José Eriberto. Ao todo, ele levou para casa 5,7 mil reais, e os vencedores, tanto no masculino quanto no feminino, ficaram com 3,5 mil cada.

Mas foi justamente na última volta o pelotão finalmente alcançou o líder e a decisão ficou para o sprint. Encarregado de trabalhar para Nilceu, Francisco Chamorro chegou aos metros finais da prova em melhor condição e acabou levando a melhor por menos de uma roda em relação ao companheiro, colocando seu nome no quadros dos grandes campeões da Copa América. “A chuva dificultou um pouco as coisas, mas no final deu tudo bem. A meta era trabalhar para o Nilceu vencer, mas ele se enroscou em uma queda e eu pude chegar mais inteiro”, explicou o ciclista argentino, de 27 anos, e que este ano se transferiu de são Caetano para a Scott/Marcondes César. “Foi um boa estréia e um excelente começo de ano”, finalizou.

Nilceu, por sua vez, não escondeu que queria mais um título. Mas também fez questão de parabenizar o companheiro. “Nossa equipe fez um grande trabalho, pois controlou bem a prova e conseguiu chegar bem para a decisão. Perdi tempo com a queda de alguns ciclistas, mas me recuperei e garanti o segundo lugar. Quando um atleta da equipe ganha, todos ganham. Ainda mais para o Chamorro, que está reforçando a equipe e já é mais brasileiro que argentino”, brincou o tetracampeão.

Hernandes Quadri Jr., do Clube DataRo de Ciclismo, de Ponta Grossa (PR), encerrou sua vitoriosa carreira, com participação em dois Jogos Olímpicos, na IX Copa América de Ciclismo. Aos 41 anos, natural de Londrina, ele terminou a disputa na 52ª posição com o tempo de 1h40min40seg. “Agora, vou deixar de me preocupar somente comigo para pensar em um grupo de dez ciclistas”, afirmou o atleta, um dos grandes nomes do ciclismo nacional e que fará parte da comissão técnica da equipe paranaense

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