segunda-feira, 10 de novembro de 2008

ECOMOTION 2008: EQUIPES BRASILEIRAS ARREPIAM NO MUNDIAL

10/11/ 21:h11

Capitaneados pela equipe brasiliense Oskalunga Sundown, que terminou o Ecomotion Pro 2008/Campeonato Mundial de Corrida de Aventura (AR World Tour) com uma expressiva e inédita quarta colocação, e uma sétima da Quasar Lontra, os corredores de aventura brasileiros partem para uma nova fase no esporte. Uma prova extenuante, em que até os tops do mundo passaram por sufoco, era a chance de confirmar, após dez anos no Brasil, que os corredores de aventura nacionais estão entre os melhores do mundo. E os resultados não decepcionaram.

"É uma nova era das corridas de aventura no Brasil. Chego a ficar arrepiado de pensar, mas está chegando a hora do Brasil no Mundial. Este foi um ano de muita evolução técnica das equipes, e ganhamos respeito dos estrangeiros, que nos olhavam meio por cima. Se eles bobearem, é certo a gente chegar junto. Sem falar que eles têm muito mais tempo e história no esporte", comenta Mateus Ferraz, da SOS Mata Atlântica.

O primeiro indício de que o Brasil estaria bem representado no pódio do Ecomotion Pro 2008 veio com a equipe paulista Quasar Lontra, a única que já venceu uma edição do evento, em 2004. Eles lideraram a primeira perna do evento, um trekking de 28 km em dunas no Maranhão. Após um problema físico, eles perderam posição e quem passou a representar por um bom tempo a bandeira brasileira no pelotão de frente foi a SOS Mata Atlântica. Correndo quase por fora deste pelotão, a Oskalunga Sundown foi com todas as forças para o final da prova e arrancou a quarta colocação.

"A Oskalunga está há muito tempo junta, sempre unida e buscando o melhor. Estamos cada vez mais investindo nas corridas de aventura, em nutrição, desenvolvimento de idéias e treinos constantes. O resultado é muito gratificante e estamos muito contentes com os resultados brasileiros neste ano", explica Alexandre Carrijo, integrante da equipe que abriu mão de competir para coordenar o time de apoio e testar as inovações.

Depois de passar três dias e 21 horas percorrendo 520 km embrenhados na mata do Ceará, Piauí e Maranhão, conhecendo de perto o verdadeiro calor do nordeste brasileiro, o quarteto de neozelandeses OrionHealth cruzou a linha de chegada em primeiro, seguidos pelos norte-americanos do Team Sole e Team Nike. A Quasar Lontra veio na sétima posição, a Selva NSK em 11º, a Ecosenso em 17º e a SOS Mata Atlântica em 18º.

"Estes resultados colocam o Brasil de vez no cenário mundial das corridas de aventura, com nossas equipes ficando entre as melhores. Já estamos dentro e temos quatro ou cinco equipes que vão dar muito trabalho", acrescenta Rafael Campos, capitão da Quasar Lontra.

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