quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Paul Romero chega ao Brasil com o Team Sole buscando inovações no Ecomotion/ Pro



Paul Romero desconhece regiões da prova



30/10/ - 08:h04


Campeão do Ecomotion/ Pro de 2006 e quarto colocado na prova de 2007, Paul Romero chega ao Brasil com a equipe Team Sole para disputar o Mundial de Corrida de Aventura 2008, no Ecomotion/ Pro que percorrerá as quentes terras do Ceará, Piauí e Maranhão.

Em entrevista ao Webventure, o capitão da equipe americana conta quais são suas expectativas para essa prova, que promete ser a disputa mais quente de todos os tempos.

“Não conheço as áreas exatas que vamos passar, mas estive no ELF Aventure, em 2000, que foi perto de Fortaleza (CE). Então estou ciente do ambiente geral que vamos encontrar, como a vegetação, o calor e a cultura. É uma região fantástica. Tenho recordações bem selvagens desses lugares”, disse Romero.

Mesmo com um favoritismo anunciado, Paul Romero diz que sua equipe tem certa modéstia com relação a isso, porém eles não têm nenhuma vantagem sobre as equipes brasileiras.

“Nós gostamos desse favoritismo, mas não temos nenhuma vantagem. Correr no Brasil é muito forte para equipes estrangeiras, principalmente pela barreira da língua. Fazer corridas no Brasil é muito dependente de interação com os locais, e sabemos que não há muitas pessoas que falem inglês e francês na mata. Aliado a isso, tem a mística de correr no país”, explicou o atleta.

Para encarar os desafios do Ecomotion/ Pro 2008, Paul Romero buscou estar em regiões desérticas dos Estados Unidos, como Las Vegas. “Aqui o calor já acabou, mas no deserto continua quente. Também estivemos correndo na China recentemente e demos o foco dos treinos no remo. A prova conta com as melhores equipes do mundo e não temos nada garantido. Temos 40 anos de experiência e esperamos passar por situações do percurso que permitam uma ação criativa e inovadora, que é onde nos superamos”, declarou confiante.

Desempenho Brasileiro - Algumas equipes nacionais estão muito mais bem preparadas do que nos anos anteriores para a disputa 2008, o que aumenta a disputa com as experientes equipes estrangeiras.

Romero acredita que o nível dos brasileiros subiu bastante, e que este é o momento deles se destacarem na corrida de aventura, assim como o Brasil tem destaque no futebol, vôlei, Fórmula 1 e outros esportes. “Os brasileiros deram um passo adiante nas disputas internacionais, e a cultura de corrida de aventura dentro do Brasil cresceu drasticamente. O acesso aos equipamentos bons e à suplementação agora é real”, ponderou.

Alguns atletas, como José Pupo e Sílvia Guimarães, a Shubi, da equipe Motorola SOS Mata Atlântica, foram até a Califórnia em 2007 treinar na “Casa da Dor” (House of Pain, em inglês) com Paul Romero e Karen Lundgren, também atleta da Team Sole, buscando um melhor preparo nas corridas de aventura.

“Muitos atletas foram treinar conosco, em Big Bear, na Califórnia, e eu penso que o desempenho deles melhorou muito. É importante que eles dividam esse aprendizado com suas equipes para que movam o time com eficiência”, alertou o capitão do Team Sole.

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