terça-feira, 24 de março de 2009

Exclusivo: Ken Read, comandante do Puma ainda espera pelo pior na Volvo Ocean Race

Ken Read faz sua 2ª Volvo Ocean Race

24/03/ 07:41

Ventos inconstantes, rajadas de vento de cerca de 110km/h, passagem pela estagnação de ventos da Linha do Equador diversas vezes, problemas com o barco, passagem pelo Cabo Horn, mais de 35 dias no mar e o pior ainda não chegou para o norte-americano Ken Read, comandante do Puma, o segundo colocado na classificação geral da Volvo Ocean Race e 3º colocado na 5ª e maior etapa da volta ao mundo, que terminará nos próximos dias no Rio de Janeiro (RJ).

“O pior desta etapa serão os próximos dias. As condições de tempo previstas são um pesadelo para velejadores. Se os deuses do vento quer nos derrubar, então que tenham a decência de fazê-lo rápido”, disse Read, 47 anos, em entrevista ao Webventure, direto do “Il Mostro”, a máquina do Puma Ocean Racing que se aproxima do Rio. Mas nem só de coisas ruins esta etapa foi composta. “A melhor parte foi, com certeza, a passagem pelo Cabo Horn, a minha primeira”.

Esta é a segunda participação do comandante na Volvo Ocean Race, porém a primeira à frente da tripulação. Em 2005/06, Ken Read, que define como “Perseverança” a palavra de ordem da Volvo, esteve a bordo do seu maior concorrente desta edição, o Ericsson Racing Team. Em alguns momentos desta regata, Read e Torben Grael, comandante do Ericsson 4, velejam um ao olhar do outro de tão poucas milhas náuticas entre eles.

“Eles são simplesmente rápidos”, disse Ken sobre a equipe de Grael. “Eles podem cometer erros que se recuperam no rebote graças à velocidade. Além disso, eles têm cerca de um ano e meio a nossa frente de preparação da equipe. Desde o começo nosso objetivo é diminuir essa distância entre nós. É a nossa única chance, mas não estamos nos pondo fora da disputa ainda. Temos um caminho a percorrer até São Petesburgo, na Rússia, em junho”, comentou.

O Monstro - O barco da equipe Puma é um dos mais imponentes da regata, com um formato de um tênis 3D, com todos os seus detalhes e costuras. O conflito fica entre o design e o desempenho dele, que recebe elogios do comandante.

“Dizemos desde o princípio que temos um barco bom, que não é fraco em diversas áreas. Porém, a desvantagem é que o barco não é ótimo em alguma área, o que nos dá essa constância em todas as etapas. Os barcos estão puxando forte e eu tenho que dizer que estou contente que não temos nenhum problema estrutural e Mostro continua inteiro. E isso é uma grande coisa quando lembramos que atravessamos o Oceano Austral”, define Ken.

Ele conta ainda que a embarcação sofreu problemas, sim, durante as etapas, porém dentro dela há homens capacitados para consertarem qualquer problema ao mar.

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