quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Reinaldo Varela e Marcos Macedo ansiosos pelo Dakar 2010











21/01/ - 06:35

Varela e Marcão sairam do Dakar na 5ª etapa

Nem mesmo acabou o Dakar 2009 e a dupla brasileira Reinaldo Varela e Marcos Macedo já pensa na próxima edição da prova. Os brasileiros tiveram problemas em sua Mitsubishi L200 e abandonaram a competição no quinto dia. O navegador Marcão contou com a experiência de Varela para chegar ao sonho de competir o Dakar.

A prova realizada na América do Sul contribuiu para a grande participação de brasileiros na prova – onze veículos – e o piloto da dupla garante que a facilidade é maior. “Fica viável se a prova for aqui na América do Sul novamente, vamos nos animar para tentar de novo. Dessa vez queremos completar o percurso”, disse Varela.

Mas o desejo de participar do maior rali cross-country do mundo teria que ter grandes problemas, dentre eles, a poeira. “A grande dificuldade que tivemos mesmo foi largar lá atrás, comendo poeira. Aliás, nunca vi tanta poeira na minha vida! As vezes que atolamos foi por causa disso: com medo de bater em alguém que estava escondido na poeira, tirava o pé e atolava. Foi uma doideira, corrida maluca. Até o Reinaldo comentou que assustou um pouco com as dificuldades que aconteceram no começo da prova. Especiais difíceis, muita areia e não esperávamos isso”, contou Marcão.

Estreante na prova, o navegador não escondeu a frustração de não completar seu sonho. Mesmo empolgado, Macedo está certo que voltará e terminará a prova. “Era o meu sonho ter participado do Dakar e infelizmente não completei. Vou dizer que pela grandeza e por estar envolvido com grandes pilotos, é exatamente o que eu esperava. A parte técnica me deixou decepcionado, teve mudanças no meio do percurso e eu não concordo muito com isso. Mas tirando isso, era tudo que eu esperava. Se tiver a chance eu quero voltar para o Dakar, não vou sossegar até terminar essa prova”, afirmou Marcos.

Desafios- Com apenas cinco dias de prova, Reinaldo e Marcão encararam desafios que não foram vistos em campeonatos realizados no Brasil, inclusive o Sertões. “A prova é toda diferente: as dunas, o circuito, o piso. A areia parecia um talco fino, entrava em todos os lugares e só tinha visto um rali parecido no Paraguai. Comparando com a África, é completamente diferente”, lembrou Varela.

Uma das reclamações da dupla, principalmente do navegador, foi em relação a parte técnica da prova. Acostumados com planilhas detalhadas das provas brasileiras, Marcão sentiu certa dificuldade para ‘guiar’ Reinaldo. A linguagem da planilha foi complexa. No Brasil, quando você recebe o livro, tem uma tabela com todos os símbolos. E descobrimos que a simbologia no Dakar era da FIA. Tentamos dar um jeito e quando não sabia o que estava escrito lá, falava para o Reinaldo ‘vai no visual que quando chegar perto você descobre o que é’”, contou.

Já o piloto, experiente na competição, afirma que esta edição do rali foi uma das mais complicadas que já competiu. “Nossa participação não foi das melhores, terminou muito cedo. Mas foi mais um aprendizado. No rali, a gente pensa que conhece de tudo, mas acaba encontrando novas situações. Este foi um Dakar muito difícil e todos os competidores falam a mesma coisa, que as especiais são muito longas e que a dificuldade é grande. Não dava tempo de se recuperar em caso de problema”, finalizou Varela.

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