28/01/09 - 14:55
Barco passou ileso pelas tormentas do Mar da China
Bouwe Bekking é experiente no comando de barcos na Volvo Ocean Race. Em sua sexta participação da maior regata de volta do mundo do planeta, ele leva sua embarcação, aparentemente sem avarias, na liderança da mais difícil entre as quatro pernas que ocorreram até então, de Cingapura para a China. Em e-mail, o velejador conta que teve “um dia de glamour na velejada, com céu azul e mar calmo”.
“Navegamos a maior parte do tempo com a nossa vela Code 0 e com a genoa, mas agora estamos com a buja içada e continuamos fazendo uma boa quilometragem. Nós não perdemos muito com relação aos dois barcos atrás de nós, mas ainda não nos sentimos muito confortáveis”, disse o comandante sobre o Puma e o Ericsson 4, que estão empatados na mesma distância do líder, 31 milhas náuticas.
Ele considera a distância ainda pequena e afirma que ambos os comandantes, Ken Read e Torben Grael, podem o alcançar a qualquer momento. “Trinta milhas parece muito, mas isso pode ser ultrapassado a qualquer minuto partindo-se do princípio que mais para cima será um estacionamento”, opina ele sobre a diminuição dos ventos na aproximação à Qingdao. “Lembre-se da última perna quando o Ericsson 4 tinha uma grande vantagem na liderança e fizeram uma escolha errada e acabaram sem vento. Aí nós nos aproximamos como tubarões sem misericórdia”.
Bekking afirma que o frio já é grande na região onde eles estão, à costa de Shangai. A temperatura da água é de 5ºC e que essas condições trarão dificuldades desconhecidas para muitos de sua tripulação. O holandês conta ainda que há um gerador na parte inferior do barco, onde os velejadores dormem, que aquece o local, tornando o ambiente mais confortável para o descanso deles.
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