domingo, 28 de dezembro de 2008

Maior rali do mundo na América do Sul leva Dimas Mattos de volta ao Dakar

28/12/ - 06:47

Dimas Mattos irá encarar seu segundo Rally Dakar em 2009 na categoria motos, mas desta vez pretende finalizar todas as especiais do maior rali do mundo. Isso porque em 2007, na África, ele sofreu um grave acidente nas últimas etapas, faltando apenas quatro dias para o fim da competição. Na ocasião, ele prometeu a si mesmo que não disputaria mais o Rally Dakar.

“Eu não tenho mais intenção de fazer um Dakar na África. Só estou voltando para a prova porque ela veio para a América do Sul. O rali por si só já é um esporte perigoso, e se acrescentar ainda o terrorismo, aí ele não precisa de mais perigo. Em 2007 o clima de terrorismo já foi muito grande. Todos os acampamentos do Dakar eram cercados pelo exército. A cada dez metros tinha um militar com metralhadora. E ainda em 2007 teve uma etapa cancelada por ameaças terroristas, e em 2008 cancelaram mesmo a prova”, explicou Dimas Mattos, em entrevista ao Webventure.

No acidente, Dimas rompeu o músculo e dos tendões do ombro, precisando de cirurgia para colocação de pinos. Isso sem contar com o corte na virilha que, segundo os médicos, por mais três milímetros teria atingido a artéria femural, que causaria hemorragia e ele poderia até morrer. “As pessoas dizem que eu sou louco, mas nem tanto”, disse rindo.

Pensando na disputa de 2009, Dimas afirma que a prova da América do Sul poderá ser igualmente difícil como as da África, ou até mais complicada. “Aqui temos o terreno muito parecido com o africano. Inclusive as dunas da Argentina e do Chile, que eu considero mais difíceis que as da Mauritânia”. O piloto relembra que não teve dificuldade em subir alguma duna na África, porém em provas que realizou nas areias sul-americanas já teve que fazer três tentativas de subida.

A experiência de Dimas no percurso por onde passará o Dakar o faz mais tranqüilo. “Não tenho o medo do desconhecido que tive na África”, ponderou. “Outro fator que me anima muito é que por causa da minha empresa, a Brasil Moto Tour, eu passei dois meses andando todos os dias nas dunas dos Lençóis Maranhenses”.

E o “treinamento” no Maranhão preparou o piloto não só tecnicamente como fisicamente, já que ele perdeu quatro quilos que ele precisava eliminar para ir para a prova.

Disputa nas motos - Dimas Mattos prevê uma prova disputada em sua categoria, porém afirma que não há favoritismo dos brasileiros porque os estrangeiros participaram muitas vezes de provas na região.

“Para mim o grande favorito é o Marc Coma, que já venceu três vezes o Rally Por Las Pampas, que é realizado em parte da região onde será feito o Dakar. Ele está muito bem preparado”, explicou.

Mas Dimas elege seu favorito tupiniquim sob as duas rodas: Zé Hélio, é a aposta na categoria 450. “Não vai ter nenhum piloto com melhores condições do que ele para ganhar na categoria”.

E o favoritismo declarado é influenciado pela experiência de Zé Hélio na América do Sul. Dimas Mattos afirma que se a prova fosse na África, a competição poderia ser diferente. “Além do conhecimento do percurso, o favoritismo aumenta graças à confiança que ele ganhou nos últimos anos vencendo etapas do mundial, vencendo os pilotos de ponta”, declara.

Um comentário:

Anônimo disse...

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