quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Honda convoca Barrichello para testes ao lado de Bruno Senna














03/12/ - 07:10

BARCELONA - Praticamente descartado da Fórmula 1 na próxima temporada, Rubens Barrichello, 36 anos, foi convocado pela Honda para testar com a equipe japonesa, ao lado de Bruno Senna, de 8 a 11 deste mês, na pista espanhola de Jerez de la Frontera.

Apesar de manter esperança de continuar no time, Barrichello foi chamado pela Honda com um propósito definido: servir de parâmetro para a escuderia avaliar o desempenho de Senna, 25 anos, postulante à vaga aberta do time para 2009.

Os manda-chuvas da Honda consideraram que o inglês Jenson Button, confirmado no cockpit da equipe no ano que vem, não se empenhou como poderia nos testes do mês passado, que contaram com Senna e Lucas di Grassi. Com isso, eles não puderam ser conclusivos em relação ao desempenho de Senna. Di Grassi foi descartado.

Os dirigentes fizeram novo convite para Senna testar e, agora, decidiram usar Barrichello como uma espécie de cobaia: diante de um piloto que compete na Fórmula 1, o sobrinho de Ayrton passará pela análise derradeira. A partir disso, os chefes da Honda esperam tomar a decisão se Senna está ou não preparado para ingressar na categoria.

Barrichello tem contrato com a Honda até o dia 31 deste mês – portanto, até lá, o piloto tem de acatar qualquer chamado do time. Mas a convocação inesperada para participar dos testes em Jerez faz o ex-ferrarista ver uma luz no fim do túnel. E dar a cartada final para permanecer na Fórmula 1.

A chance de Barrichello é impor vantagem sobre o novato a ponto de a equipe voltar a negociar com ele a renovação de contrato.

Dentro do time japonês, há duas correntes opostas sobre a continuidade de Barrichello. O chefe da Honda, Ross Brawn, que trabalhou com o brasileiro na Ferrari, defende a seqüência do piloto por considerá-lo experiente, algo que o dirigente julga necessário para o desenvolvimento do carro com novos componentes aerodinâmicos a serem adotados pela categoria.

Contra Barrichello, está o grupo de Nick Fry, chefe executivo, e de diretores japoneses. Para Fry, o tempo de Barrichello na F 1 passou. Para os japoneses, o sobrenome Senna pode significar dividendos num futuro próximo. Ayrton, tio de Bruno, foi tricampeão com motores da Honda.

No último fim de semana, Barrichello venceu o desafio de kart organizado por Felipe Massa em Florianópolis. A primeira prova contou com o alemão Michael Schumacher. Na ocasião, o piloto da Honda, até o final deste ano, afirmou que “é cedo para parar de correr”. Até esta temporada, Barrichello era o piloto em atividade com maior número de GPs disputados: 267 no total.

Bruno Senna foi vice-campeão da GP2, categoria de acesso à Fórmula 1, nesta temporada. No mês passado, ele levou a melhor sobre Di Grassi – brasileiro que ficou em terceiro lugar na GP2 neste ano – nos testes da Honda.

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