quarta-feira, 15 de abril de 2009

Torben é vice-líder e tem maior velocidade da flotilha; Equipes estão desanimadas após 6 meses

Ventos aumentam na aproximação de Fernando de Noronha

Na aproximação de Fernando de Noronha (PE), único portão de pontuação da sexta perna da Volvo Ocean Race, Torben Grael mostra recuperação na classificação da flotilha que segue para Boston (EUA). O comandante brasileiro segue com a maior velocidade entre os concorrentes, 12 nós a bordo do Ericsson 4, e diminuiu sua distância para o líder, Telefonica Blue, de 26 milhas náuticas para 8 milhas, assumindo a vice-liderança.

O terceiro colocado é o Delta Lloyd, que até então seguia logo atrás do barco espanhol lutando para assumir a ponta da flotilha. Cerca de 14 milhas o separam de Bouwe Bekking. Já o Ericsson 3 se mantém na 4ª posição, seguido pelo Telefonica Black.

Ken Read comanda o Puma na 6ª colocação da regata, que segue pelo litoral nordestino brasileiro com 25 milhas de desvantagem para o líder. Já Ian Walker não conseguiu progredir e se mantém na última posição a caminho dos Estados Unidos.

As condições de vento para os barcos melhorou após quase 72 horas ao mar. As equipes velejam com ventos de aproximadamente 15 nós

A reflexão em dois barcos nesta terça-feira (14) era sobre a aproximação do fim da volta ao mundo, que completou seis meses no último fim de semana. Restam apenas três meses para que os velejadores completem mais cinco portos até a Rússia.

Desânimo - No Ericsson 3, o tripulante de mídia, Gustav Morin, conseguiu deixar o bem humorado comandante Magnus Olsson pensativo. “Nesta manhã eu perguntei ao Magnus: ‘Você já pensou que faltam dois meses para chegarmos em Estocolmo (Suécia)?’. Ele deixou o sorriso de lado na mesma hora e respondeu com a cara amarrada e cabeça baixa: ‘Eu sei, parece trágico. Não quero pensar sobre isso. Não podemos apenas continuar e fazer um caminho direto?’”, contou Morin sobre o comentário do sueco de 60 anos que faz sua 6ª volta ao mundo de pular algumas etapas e velejar direto para sua terra natal.

Já no Green Dragon a situação é ainda pior. Além da equipe estar na última posição e não conseguir aproveitar melhores ventos, o comandante Ian Walker conta em e-mail que nada mudou na situação e no cenário no qual eles velejam nas últimas 24 horas, e ele também espera ansioso por um retorno à casa.

“Uma das únicas coisas que tenho para contar é sobre a discussão sobre o que todos farão quando a regata terminar. Para mim a volta ao mundo estará finalizada quando retornarmos para Galway (Irlanda) em maio”, disse o comandante sobre seu país, sétimo porto da Volvo Ocean Race.

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