domingo, 11 de janeiro de 2009

Youssef Haddad conta com novidades na navegação do Dakar


11/01/ - 15:30

Youssef Haddad fala sobre estréia e experiência na navegação

Navegador tem novidade de GPS no Dakar

Os estreantes no Rally Dakar sempre têm a expectativa de ultrapassar os obstáculos da prova, sejam eles pedras, dunas ou até mesmo a exaustão física e as novidades do modo de competição que o maior rali do mundo trouxe para a América do Sul, o que facilitou a ida de muitos brasileiros para a prova. Youssef Haddad faz sua estréia ao lado de Jean Azevedo, que de estreante não tem nada. Com dez ralis no currículo, contando com a edição que acontece neste mês, Azevedo é levado por Youssef para os caminhos que o navegador “canta” para ele, sem dificuldades, entre Argentina e Chile.

“Está mais ou menos o que eu esperava mesmo. Nos primeiros dias eu até esperava um pouco mais (de dificuldade), principalmente nos rios secos. A expectativa minha era que seria até mais complicado do que foi. Tinha também a ansiedade para as primeiras dunas. Mas está sendo muito difícil, é uma prova fisicamente complicada, com dias muito longos. Mas já quebrou a ansiedade, quebrou a primeira impressão e agora já dá para encarar o rali de uma forma diferente”, contou o navegador após a primeira metade do rali.

Um piloto, dois navegadores - Mas Haddad faz seu trabalho de uma maneira diferente do que está acostumado em provas off-road brasileiras. A novidade fica por conta do uso de GPS para a navegação. “A parte de planilha, eu acho que no Brasil é até mais complicado do que aqui, porque tem referências mais próximas. Aqui tem uma característica de referências mais distantes, então dá tempo de você estudar a próxima antes de cantá-la para o piloto. Agora, a navegação por GPS e por dunas é uma novidade, apesar de termos feitos alguns treinos para isso. Mas somando a experiência do Jean, que navegava a moto, está ajudando muito. O navegador que me ensinou foi ele, então fica mais fácil esse entrosamento”, explicou Youssef comemorando o bom desempenho na primeira metade de Dakar.

E além de contar com a experiência de Jean Azevedo tanto na pilotagem quanto na navegação, a dupla conta com a experiência de Youssef em mecânica, o que facilita a estratégia deles na hora de poupar ou não o veículo.

“Estamos tendo a felicidade, por enquanto, dos sete dias eu não abrir a caixa de ferramentas do carro, mas se for preciso, estamos preparados para isso. Estou usando essa experiência de forma diferente, que é a gente decidir a hora de poupar ou não”, declarou.

O navegador conta que na sétima especial ele já sabia que as peças do carro estavam no fim da vida útil e todas seriam trocadas no sábado (10), dia de descanso dos pilotos, e que por isso optou por fazer uma especial num ritmo mais baixo, para não haver quebra e prejuízos para a dupla brasileira. “Uma prova como essa, qualquer detalhe é fundamental”, finalizou.

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