sábado, 10 de janeiro de 2009

Rodolpho Mattheis sente os efeitos da altitude no Dakar


10/01/09 - 16:42

Rodolpho comenta a sétima etapa no Dakar -

Piloto aproveitou para comer durante o deslocamento final -

Para encarar uma maratona de mais de 9 mil quilômetros de rali é necessária muita segurança, treinos específicos, um bom equipamento e preparação física também. Rodolpho Mattheis, piloto da categoria motos, confirma que o Dakar exige muito do corpo, assim como dos veículos.

Cansado, Rodolpho encarou o longo deslocamento final da sétima etapa até o parque de apoio. Chegando próximo às Cordilheiras dos Andes, o piloto sentiu a altitude (cerca de 3.200 metros) e desceu da moto tonto. “Sabe quando você vê estrelinhas? Foi assim, parece que você está bêbado. Peguei uma estrada em caracol também que parecia uma montanha-russa”.

O sétimo dia de prova teve um encurtamento na especial, o que animou bastante o piloto de moto que está entre os cinqüenta primeiros colocados, mas a animação acabou nos primeiros quilômetros.

“Achei que a etapa seria fácil por ser mais curta, mas exigiu demais do preparo físico. Fui com uma cabeça para a largada, pensando que seria bem rapidinho. Putz, mandei 50 quilômetros na areia, com muito sobe e desce. Quando dei conta, andei 130 quilômetros nessa estrada, que tinham muitas canaletas e, no fim, muita poeira por conta do fesh fesh, que fica difícil controlar a moto”, contou Mattheis.

Neste dia de descanso para pilotos e navegadores, Rodolpho conta com a presença de sua mãe e garantiu que vai aproveitar para colocar a conversa em dia e comer muito. “O rali é duríssimo, estou moído. O descanso chegou na hora certa”, afirmou.

Curtição - Mesmo com a dureza que o Dakar apresenta para todos os participantes, Mattheis confessa que conseguiu aproveitar bastante os dias em que esteve rodando. “As paisagens são parte do tratamento psicológico. Curti muito a subida que fizemos ontem e tinham uns argentinos fazendo um churrasco. Parei, comi uma carne, tomei coca-cola, curti o visual dos Andes. O rali não é só tensão, tem que aproveitar. Mas ainda tem mais um ‘Sertões’ pela frente”.

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