Na aproximação de Fernando de Noronha (PE), único portão de pontuação da sexta perna da Volvo Ocean Race, Torben Grael mostra recuperação na classificação da flotilha que segue para Boston (EUA). O comandante brasileiro segue com a maior velocidade entre os concorrentes, 12 nós a bordo do Ericsson 4, e diminuiu sua distância para o líder, Telefonica Blue, de 26 milhas náuticas para 8 milhas, assumindo a vice-liderança.
O terceiro colocado é o Delta Lloyd, que até então seguia logo atrás do barco espanhol lutando para assumir a ponta da flotilha. Cerca de 14 milhas o separam de Bouwe Bekking. Já o Ericsson 3 se mantém na 4ª posição, seguido pelo Telefonica Black.
Ken Read comanda o Puma na 6ª colocação da regata, que segue pelo litoral nordestino brasileiro com 25 milhas de desvantagem para o líder. Já Ian Walker não conseguiu progredir e se mantém na última posição a caminho dos Estados Unidos.
As condições de vento para os barcos melhorou após quase 72 horas ao mar. As equipes velejam com ventos de aproximadamente 15 nós
A reflexão em dois barcos nesta terça-feira (14) era sobre a aproximação do fim da volta ao mundo, que completou seis meses no último fim de semana. Restam apenas três meses para que os velejadores completem mais cinco portos até a Rússia.
Desânimo - No Ericsson 3, o tripulante de mídia, Gustav Morin, conseguiu deixar o bem humorado comandante Magnus Olsson pensativo. “Nesta manhã eu perguntei ao Magnus: ‘Você já pensou que faltam dois meses para chegarmos em Estocolmo (Suécia)?’. Ele deixou o sorriso de lado na mesma hora e respondeu com a cara amarrada e cabeça baixa: ‘Eu sei, parece trágico. Não quero pensar sobre isso. Não podemos apenas continuar e fazer um caminho direto?’”, contou Morin sobre o comentário do sueco de 60 anos que faz sua 6ª volta ao mundo de pular algumas etapas e velejar direto para sua terra natal.
Já no Green Dragon a situação é ainda pior. Além da equipe estar na última posição e não conseguir aproveitar melhores ventos, o comandante Ian Walker conta em e-mail que nada mudou na situação e no cenário no qual eles velejam nas últimas 24 horas, e ele também espera ansioso por um retorno à casa.
“Uma das únicas coisas que tenho para contar é sobre a discussão sobre o que todos farão quando a regata terminar. Para mim a volta ao mundo estará finalizada quando retornarmos para Galway (Irlanda) em maio”, disse o comandante sobre seu país, sétimo porto da Volvo Ocean Race.
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